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A) Características Centrais de Parmênides

  • Foto do escritor: Vinícius Costa
    Vinícius Costa
  • 11 de out. de 2022
  • 2 min de leitura



Parmênides de Eleia foi um filósofo grego que vivenciou sua experiência na Terra provavelmente entre os anos de 530 a.e.c. a 460 a.e.c, segundo cruzamento de datações trazidas por registros de Heródoto, Diógenes Laércio e Platão. Seu único trabalho filosófico, historicamente preservado. é seu poema, “Sobre a Natureza”, das quais conhecemos, por exercício arqueológico prioritariamente, apenas fragmentos. Filosoficamente seu exercício de pensamento é o da busca da verdade, o que nos faz classificá-lo como pensador dogmático no sentido filosófico aqui apresentado no início deste trabalho. Em sintonia com os pré-socráticos, a verdade para Parmênides se revelaria pela descoberta da arché e da phisis, o que o faz ser um dos pais filosóficos dos estudos ontológicos. A verdade, assim estaria na essência e não na aparência. O fragmento dois de seus textos revelam a busca pela verdade, que ao longo do seu poema, ganhará o nome de Ser, aquilo que é:


Fragmento 2

1 Pois bem, agora vou eu falar, e tu, prestes atenção ouvindo a palavra

2 acerca das únicas vias de questionamento que são a pensar:

3 uma, para o que é e, como tal, não é para não ser,

4 é o caminho de persuasão — pois segue pela Verdade.”[1]


Parmênides acreditava que a verdade essencial revelar-se-ia ao homem pela razão, único instrumento capaz de alcançá-la, sendo os sentidos um caminho para a ilusão. Esse dualismo primário, em que a verdade será descoberta na pura razão e que os sentidos levam ao equívoco, é característica de pensadores que aqui são denominados de tendência filosófica racionalista. Tal tendência filosófica encontra eco nos trabalhos de Parmênides aqui apresentados e precisam ser comparados com o dualismo proposto por Kardec para que se possa traçar os valores espíritas em relação ao pensador eleata.

[1] PARMÊNIDES Da natureza. Trad. Fernando Santoro. Primeira edição limitada ao I Seminário OUSIA de Estudos Clássicos dedicado ao Poema de Parmênides em outubro de 2006. Pág 2.

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