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D) Visões Filosóficas e o Conhecimento.

  • Foto do escritor: Vinícius Costa
    Vinícius Costa
  • 11 de out. de 2022
  • 2 min de leitura


Uma última questão que emerge após a compreensão de que a verdade está no sujeito, ou seja, assumida após a Revolução Transcendental do pensamento feita por Kant e que como, demonstrado, conecta-se ao olhar de Kardec na codificação da Doutrina do Espíritos, é buscar entender se o sujeito é determinado pela verdade ou se ele possui livre-arbítrio sobre a verdade. Em outras palavras se a verdade desse sujeito pode ser escolhida ou se de alguma maneira impera determinações sobre o sujeito que o impelem a construir o caminho já, de alguma maneira, determinado. Para esse debate, fundamental da Filosofia e da construção do Espiritismo deve-se usar conceitos filosóficos que ultrapassam a temporalidade histórica na qual Kardec estava inserido, mas que os Espíritos deixam subentendidos, ou sugeridos, nas suas respostas da codificação. Entender o debate entre determinismo e livre arbitrarismo nos diais atuais na filosofia é mergulhar na questão da fenomenologia que exigirá um estudo mais completo a ser feito em capítulos subsequentes deste projeto. Por hora vale a intuição já derivada da perspectiva criticista oriunda do raciocínio de Kant que Kardec, com sua profunda pedagogia sistêmica, adota: a busca é de união e os conflitos, até certo ponto inevitáveis para se evidenciar diferenças sem desprezá-las, merecem uma síntese. Reforça, assim, a perspectiva que norteia o encontro dessa obra baseada no conectivo lógico “e” e não simplesmente no “ou”. Inicialmente, assim, para já se pensar a questão do livre arbitrarismo versus o determinismo, não optar-se-á para pensar se o sujeito é livre arbitrário perante a verdade “ou” determinado pela verdade. A resposta fenomenológica dos espíritos pode nos levar a um ideal conjuntivo mais importante nesse entendimento. Mas para isso deve-se investigar, antes, toda história da filosofia, para que se construa a base de pensamento necessária para a compreensão do Espiritismo até os dilemas filosóficos que persistem na contemporaneidade.


Para tal, como exercício histórico filosófico, Kardec será convidado para conversar com os filósofos seguindo a ordem temporal apresentada no início deste capítulo, primeiramente, retornando a Antiguidade Clássica e reconstruindo, passo a passo, os diálogos, explícitos e implícitos, entre Kardec e os pensadores da filosofia na codificação da Doutrina dos Espíritos.

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